A Netflix está se preparando para disputar os direitos globais da Champions League a partir de 2027. Segundo informações da agência britânica PA, a plataforma planeja uma oferta bilionária com foco no novo formato de venda de mídia proposto pela UEFA, que inclui a cláusula de “global first pick” — que dará a um único grupo de mídia ou streaming o direito de exibir com exclusividade uma partida por rodada para o mundo inteiro.
O novo ciclo comercial da Champions League, que vai de 2027 a 2033, deve arrecadar cerca de 4,3 bilhões de libras por temporada (R$ 30,8 bilhões) com direitos de transmissão e patrocínio. A negociação está sendo conduzida pela UC3, joint venture entre a UEFA e a Associação Europeia de Clubes (EFC), com apoio da agência Relevent, especializada na venda internacional de direitos esportivos.
A primeira fase da licitação será lançada em 13 de outubro e, pela primeira vez, incluirá a venda simultânea dos direitos nos cinco maiores mercados europeus: Reino Unido, Alemanha, França, Itália e Espanha. A estratégia visa atrair gigantes do streaming como Netflix, Disney, DAZN e Amazon, interessadas em ampliar presença no futebol ao vivo.
A cláusula “global first pick” permitirá ao vencedor do pacote escolher um jogo por rodada com exibição mundial. Embora o alcance total ainda dependa de contratos em vigor, como o da CBS nos Estados Unidos, que tem exclusividade até 2030, o novo modelo abre espaço para acordos internacionais de longo prazo em regiões estratégicas, como América Latina, Ásia e África.
O presidente da UEFA, Aleksander Ceferin, destacou na Assembleia Geral da EFC que o futebol europeu vive um momento de força comercial e inovação. “Estamos construindo algo único, com ambição. Queremos oferecer o futebol mais envolvente e acessível, expandir nossas receitas e aproximar o jogo das pessoas em um cenário de mídia e streaming em constante mudança”, afirmou.


