A Justiça de São Paulo determinou o bloqueio das contas bancárias de Chiquinho Scarpa, de 74 anos. A medida foi tomada pela 40ª Vara Cível em uma ação de cobrança movida pela clínica Anestesiologia e Dor de São Paulo. Contudo, a ordem judicial encontrou apenas R$ 33,98 disponíveis. O empresário é cobrado por uma dívida calculada em R$ 264,2 mil.
O débito é referente a serviços de anestesiologia prestados durante uma internação em 2022. Naquele ano, Chiquinho Scarpa passou por dez cirurgias no Hospital Sírio-Libanês devido a uma diverticulite. Os profissionais da clínica foram contratados para atuar nos procedimentos. A defesa do empresário, no entanto, afirmou à Justiça que todas as despesas deveriam ser cobertas pelo seu plano de saúde.
Scarpa também alegou no processo que não havia documentos comprovando a contratação da clínica ou a realização do serviço. Ele citou “planilhas produzidas unilateralmente pela interessada”. O Tribunal de Justiça, contudo, condenou o empresário em abril de 2024. A decisão, que já transitou em julgado, impede novos recursos. Os desembargadores apontaram que ele assumiu as despesas não cobertas pelo convênio.
Decisão judicial determinou pagamento
Os magistrados determinaram que Chiquinho Scarpa pague a dívida e, se desejar, processe o plano de saúde para buscar o ressarcimento. Como o pagamento não foi efetuado até o momento, a ordem de bloqueio foi expedida. Ao saber do valor irrisório encontrado, a advogada Renata Vilhena Silva, que representa a clínica, classificou o resultado de “inacreditável” nos autos do processo.
Chiquinho Scarpa, que se apresenta como conde, ficou conhecido como jurado nos programas de Flávio Cavalcanti (1923-1986) e Chacrinha (1917-1988). Ele é neto de Nicolau Scarpa (1978-1942), imigrante italiano que fundou a cerveja Caracu e também foi proprietário da Skol. Em 2024, o empresário declarou em um podcast que “não gosta de pobre”, mas depois justificou a fala afirmando que estava atuando em um personagem.
