O Globoplay, serviço de streaming da Globo, alcançou sua meta de lucratividade. A plataforma fecha o ano de 2025 com lucro pela primeira vez desde seu lançamento, em 2015. A informação foi confirmada por executivos da empresa em um evento nesta quarta-feira (29), em São Paulo. A empresa também descartou reajustes no valor da assinatura para o próximo ano.
A notícia foi adiantada pela coluna Outro Canal, da Folha de S.Paulo. Manuel Belmar, diretor de Produtos Digitais e Canais Pagos da Globo, detalhou o resultado inédito. “Nós conseguimos atingir esse resultado no azul mesmo antes do fim do ano, e a meta em 2026 é que isso suba ainda mais, devido aos planos que temos”, afirmou o executivo.
A Globo também adotou uma estratégia diferente dos seus concorrentes diretos. Julia Rulff, diretora executiva do Globoplay, garantiu a manutenção dos valores atuais da plataforma. “Ao contrário dos nossos concorrentes, que sobem os preços anualmente, nós vamos manter os nossos”, disse a diretora.
Globoplay busca público masculino
Segundo a Globo, o Globoplay registra 30 milhões de usuários por mês. Desse total, 67% das horas consumidas são de transmissões ao vivo e canais lineares. O streaming possui um desafio claro para 2026. A plataforma precisa aumentar o público masculino. Atualmente, 65% do público do serviço é composto por mulheres acima dos 35 anos.
A empresa informou que a base de público aumentou 30% neste ano. O recente remake da novela Vale Tudo, que terminou no horário nobre, ajudou nesse sentido. Outro ponto positivo foi a maior oferta de eventos esportivos, como o Campeonato Brasileiro. A Globo, contudo, não divulga seu número oficial de assinantes.
A empresa alega que os principais concorrentes, como Amazon Prime Video e Netflix, também não revelam esses dados no mercado brasileiro. “É uma informação sensível, ninguém fala”, afirma Manuel Belmar. O foco da plataforma da emissora líder segue no crescimento da rentabilidade para o próximo ano.


