Angélica abriu o coração sobre o abuso sexual que sofreu aos 15 anos e defendeu a importância de falar abertamente sobre o tema para proteger jovens. A apresentadora afirmou que a internet ajuda a reduzir casos de violência contra adolescentes e destacou que, apesar do gatilho emocional, o assunto precisa ser debatido. Segundo ela, o silêncio só perpetua a cultura de abuso.
“Hoje, com tanta informação na internet, muito menos meninas vão viver o que eu vivi. É isso que a gente quer. Não queremos falar disso porque é uma delícia falar sobre esse assunto. Claro que não, é gatilho para todos os lados, mas como alguém que quer um futuro melhor, a gente tem que falar”, afirmou em conversa com a Marie Claire.
A apresentadora também comentou a pressão estética e os julgamentos públicos sobre sua imagem. Angélica disse que, ao começar na TV antes do Estatuto da Criança e do Adolescente (1990), não havia proteção ou limites claros. “Me acostumei muito com essa cobrança pelo fato de ter começado na televisão desde muito cedo. E se eu tivesse feito [harmonização facial], qual seria o problema? Vivo da minha imagem. Se tiver que fazer, vou fazer. Mas isso não tem que virar uma pauta de crítica ou de comparações”, afirmou.
A artista reforçou que suas pautas atuais refletem a busca por um espaço mais seguro para meninas e mulheres. Ela mencionou pedidos como a indicação de uma ministra mulher ao governo e criticou o decreto que restringe o acesso ao aborto legal para vítimas de estupro. “Trazemos pautas de comportamento importantes para que as pessoas debatam, discordem, pensem. Sei da minha credibilidade e da minha voz para com o público que cresceu comigo”, declarou.


