NO STREAMING

Produtora de documentário sobre Caso Eloá revela recusa de Sonia Abrão

Em terceiro lugar entre os mais vistos da Netflix, produção foca na perspectiva de Eloá Pimentel e inclui diário inédito da vítima

A imagem mostra uma mulher de cabelos castanhos e lisos, usando batom vermelho e roupa preta com gola branca. Ela está falando em um estúdio escuro, iluminado por luzes azuis de fundo, e usa um microfone de lapela próximo ao rosto, sugerindo que participa de uma entrevista ou programa de televisão
Sonia Abrão recusou participação em documentário sobre Caso Eloá por orientação jurídica (foto: Reprodução/Internet)

Compartilhe:

A Netflix estreou recentemente o documentário Caso Eloá – Refém ao Vivo, e a produção já ocupa o terceiro lugar entre os títulos mais assistidos da plataforma no Brasil. O projeto, que revisita o sequestro e assassinato da adolescente Eloá Pimentel, em 2008, adota uma abordagem inédita e comovente: dar à vítima o protagonismo que lhe foi negado durante sua própria tragédia.

“Eu nunca quis dar voz ao assassino. Esse documentário é sobre a Eloá, sobre a história dela, sobre a negligência feita com ela, sobre os erros da mídia, da polícia, de nós como sociedade”, explicou Veronica Stumpf, produtora da obra, em entrevista para o Splash. A produção teve acesso exclusivo à família de Eloá e ao conteúdo de um diário pessoal da vítima, que nunca havia sido lido nem mesmo pelos familiares.

Descoberto durante uma das visitas à casa de dona Cristina, mãe da jovem, o caderno se tornou a espinha dorsal da narrativa. “Foi um dia muito emocionante para todos”, lembrou a executiva. Os trechos são lidos por uma atriz e ajudam a reconstruir a voz e os sentimentos de Eloá, agora em primeira pessoa.

A diretora Cris Ghattas contou que, ao entrevistar Douglas, irmão mais novo de Eloá, optou por uma abordagem sensível. “No dia da gravação, fui no camarim falar com ele e disse ter mais de 100 perguntas na minha prancheta, mas que nenhuma era importante naquele momento. Pedi para escutar o que ele quisesse me contar”, detalhou.

Entre os nomes que marcaram a cobertura midiática do sequestro de Eloá em 2008, Sonia Abrão é um dos mais lembrados. No entanto, a jornalista recusou o convite da Netflix para participar do documentário, segundo informou a produtora Veronica Stumpf. “A jornalista Sonia Abrão não quis de jeito nenhum porque os advogados dela recomendam que ela não fale sobre o assunto”, disse.

Compartilhe:

O TV Pop utiliza cookies para melhorar a sua experiência.