A reta final de Dona de Mim desencadeou um protocolo de segurança atípico nos bastidores da Globo, com ares de superprodução, apesar de a trama não ter atingido a repercussão de um grande fenômeno de massa. A emissora determinou que os últimos capítulos sejam mantidos sob sigilo absoluto, recorrendo a estratégias como gravações com equipe mínima, leituras a portas fechadas e bloqueio de roteiros, na tentativa de preservar os desfechos dos protagonistas vividos por Clara Moneke e Marcello Novaes.
De acordo com a coluna Carla Bittencourt, do portal Leo Dias, o diretor artístico Allan Fiterman optou por repetir o esquema rígido já utilizado em No Rancho Fundo (2024). Para evitar vazamentos, cenas foram excluídas do sistema Eva, plataforma interna usada para distribuição de material à dramaturgia, e os textos circulam apenas mediante senha corporativa. O esforço, no entanto, contrasta com a recepção morna do público, gerando a sensação interna de que o mistério criado pela direção supera a real curiosidade do telespectador.
A autora Rosane Svartman tem acompanhado pessoalmente os ajustes no set de filmagem, intensificando o controle após a morte do personagem Abel, interpretado por Tony Ramos. O objetivo central é blindar a escolha amorosa da mocinha Leo e o destino do vilão Jaques. Mesmo com a novela longe de provocar uma corrida frenética por spoilers nas redes sociais, a ordem é manter o “cadeado” nas informações até o último momento possível.
O cronograma de produção de Dona de Mim prevê o encerramento dos trabalhos antes do recesso de Natal, com o elenco já em clima de despedida e festas programadas. Se não houver alterações na grade, a trama exibirá seu desfecho no dia 9 de janeiro. A faixa das sete será ocupada na sequência por Coração Acelerado, folhetim que aposta no universo sertanejo e tem estreia marcada para o dia 12 de janeiro.


