José Bonifácio de Oliveira Sobrinho, mais conhecido como Boni, usou as redes sociais para relembrar e justificar um antigo memorando que ficou marcado como parte do rigoroso “padrão Globo de qualidade”. O documento, datado de 1993, proibia o uso de roupas e brincos chamativos por jornalistas e apresentadores da emissora.
Em vídeo publicado nas redes, Boni explicou que a norma tinha um objetivo muito claro: impedir que figurinos exagerados ou acessórios visuais chamassem mais atenção do que a notícia em si. “Ninguém mais vai prestar atenção no texto. Eu não quero que as pessoas fiquem prestando atenção em brincos, em estampas, em coisas desse tipo. Além de sujar a imagem, desviam a atenção da notícia”, argumentou o veterano.
Ele reforçou que o foco da televisão jornalística deve ser sempre o conteúdo transmitido, e não a imagem do apresentador. “O importante não é quem apresenta a notícia, não é a roupa que ele veste. O importante é a notícia. Essa que tem que ser preservada. A notícia dispensa artefatos decorativos”, contou.
Nos comentários da publicação, muitos seguidores elogiaram a explicação de Boni e pediram que a orientação seja reaplicada nos dias atuais. “Tem que circular esse memorando novamente então”, escreveu um internauta. “Esses memorandos e entendimentos parecem estar fazendo falta nas redações por aí”, disse um seguidor.
“Deixaram os repórteres usarem o que querem. Não sei se por economia de figurinos, mas o que se vê em grande parte é uma falta de cuidado com a imagem que agride a imagem”, lamentou um internauta. “Boni, você é um mestre. Que Deus te dê muitos anos de vida e sobriedade para que continue nos ensinando tanta coisa”, sinalizou um seguidor.


