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CEO da CNN Brasil entra em clima de despedida e vê demissão como “provável”

Imagem com foto da executiva Renata Afonso, da CNN Brasil, durante entrevista no debate presidencial no primeiro turno das eleições
Renata Afonso durante entrevista para o SBT nos bastidores do debate presidencial do primeiro turno das eleições (foto: Reprodução/SBT)

CEO da CNN Brasil desde maio de 2021, Renata Afonso não crê que ficará no canal de notícias por muito mais tempo. A principal executiva da emissora surpreendeu funcionários na noite desta sexta (28) com uma mensagem em tom de despedida. Em seu discurso, feito no meio da Redação, ela afirmou que não sabe qual será o seu novo papel na companhia, que se prepara para anunciar a chegada de um novo presidente, e revelou que está conversando com Rubens Menin — proprietário da empresa — para saber se seguirá ou não em seu cargo na rede, que tem acumulado resultados ruins nos últimos meses.

Fontes do TV Pop presenciaram o discurso de Renata Afonso e se surpreenderam com a fala da executiva. No fim de sua mensagem, a jornalista desejou sorte aos profissionais e torceu para que a companhia siga em boas mãos, independentemente de sua permanência ou não como CEO. No entanto, a reportagem apurou que a continuidade da gestão de Renata é improvável. Contratada para substituir Douglas Tavolaro, ela instituiu uma severa política de austeridade nos gastos do canal de notícias e foi a responsável pela criação de uma série de regras de compliance, área negligenciada pela chefia anterior.

Renata, no entanto, também mudou a linha editorial da CNN Brasil. A executiva escanteou o hard news e passou a priorizar conteúdos de amenidades, em um bloco chamado CNN Soft. A iniciativa trouxe novos anunciantes para a companhia em um primeiro momento, mas afugentou marcas que estavam na emissora desde a sua fundação. Os índices de ibope também afundaram — quase nenhuma atração consegue superar a barreira de 0,5 ponto no Painel Nacional de Televisão. Os telejornais, antes com fila de anunciantes, estão em sua grande maioria sem patrocinadores.

A gestão de Renata Afonso começou a ser cobrada por melhores resultados há cerca de seis meses, em um movimento coincidente com a ascensão dos resultados da Jovem Pan News. Ela, no entanto, não conseguiu atingir as metas desejadas por Rubens Menin, único acionista e até então presidente da empresa. Banqueiro e cartola informal do Atlético-MG, ele nunca se envolveu de forma direta com o canal, e deixava a maior parte das decisões nas mãos da executiva, que era o maior nome no organograma da companhia até a manhã desta sexta-feira.

Insatisfeito com os resultados da CNN Brasil, Menin optou por abrir mão da presidência de sua própria criação. Ele contratou o empresário João Camargo, politicamente alinhado com Jair Bolsonaro e com experiência em outros veículos de comunicação, como a BandNews FM e a Rádio Disney, para o posto. Camargo assumirá o cargo já nas próximas semanas e, diferentemente de seu antecessor, terá papel ativo no dia a dia da companhia. O canal de notícias, por sua vez, não se manifestou publicamente sobre a contratação até a publicação deste texto.

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