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Em crise histórica, CNN Brasil demite Monalisa Perrone para economizar

Foto de Monalisa Perrone
Monalisa Perrone foi demitida da CNN Brasil nesta quinta-feira (1º) (foto: Reprodução/CNN Brasil)

Monalisa Perrone não faz mais parte da CNN Brasil: contrariando o planejamento de que iria se aposentar depois do término de seu contrato, em setembro de 2023, a jornalista foi demitida pela pelo canal de notícias na manhã desta quinta-feira (1º). A nova gestão da empresa optou pelo desligamento imediato da apresentadora, que estava a frente do Jornal da CNN desde abril. A rede decidiu de que é melhor arcar com as custas da rescisão contratual da apresentadora, proporcional aos meses que faltavam para o término do contrato, do que seguir bancando seu salário.

Em fevereiro, a reportagem do TV Pop antecipou que a ex-apresentadora da Globo não estava feliz na CNN Brasil. Ela não fazia questão alguma de esconder dos colegas mais próximos que tinha encaminhado com os antigos gestores um acordo para deixar o canal no final do próximo ano, com o término de seu contrato de quatro anos. A jornalista planejava se aposentar e se mudar para os Estados Unidos com o dinheiro investido enquanto trabalhou na empresa — ela era o segundo maior salário da emissora, atrás apenas de William Waack.

Desde que foi deslocada para o Jornal da CNN, Monalisa Perrone passou a cumprir tabela na rede: insatisfeita com o projeto, ela raramente frequentava as reuniões de pauta do telejornal e tinha uma relação pouco amistosa com a equipe do telejornal. Além disso, ela se recusou a participar da cobertura eleitoral, sob a alegação de que seu contrato vetava expediente aos finais de semana e depois da 0h. Depois de muito esforço, os executivos conseguiram fazer com que ela aceitasse apenas comandar o noticiário nos sábados que antecederam o primeiro e o segundo turno.

A crise na CNN Brasil se intensificou após a oficialização da demissão de Renata Afonso. Sucessora de Douglas Tavolaro, a executiva foi a responsável por um fracassado investimento em atrações mais leves e aumentou o sucatamento do hard news do canal, ampliando o espaço de conteúdos frios na programação, principalmente no final da noite e aos finais de semana. As movimentações não foram bem recebidas pelo mercado: a audiência da emissora caiu vertiginosamente, assim com o faturamento — a empresa nunca deu lucro, mesmo em sua primeira gestão.

Desde 21 de novembro, o canal de notícias é comandado pelo empresário João Camargo, politicamente alinhado com Jair Bolsonaro e com experiência em outros veículos de comunicação, como a BandNews FM e a Rádio Disney. Além de CEO, Camargo também assumiu a presidência da empresa, cargo que era ocupado por Rubens Menin desde a fundação da companhia — ele não tinha papel ativo no dia a dia da emissora e se limitava a “pagar a conta” da operação. Internamente, a sua chegada foi interpretada como a necessidade de ter alguém cuidando da chave do cofre e do editorial de forma simultânea.

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