O desempenho abaixo das expectativas de Paraíso Tropical continua sendo motivo de preocupação na Globo. Apontada como uma das responsáveis pelo colapso de audiência do horário nobre, a novela sairá de cena em 3 de maio, mais de um mês antes do previsto originalmente. Para turbinar o ibope do Vale a Pena Ver de Novo e causar um efeito cascata na faixa da noite, que concentra grande parte dos investimentos do mercado publicitário, a rede armou uma operação de guerra para bombar os números de Alma Gêmea, que voltará ao ar na última segunda-feira de abril.
O TV Pop apurou que a chegada da trama de Walcyr Carrasco coincidirá com uma mudança na programação vespertina da emissora: enquanto Paraíso Tropical chegou a entrar no ar depois das 17h20 em diversas ocasiões, Alma Gêmea terá seu horário de início fixado na faixa das 17h, diminuindo o espaço da Sessão da Tarde. No planejamento divulgado para as afiliadas, o canal sinaliza que o folhetim terá uma edição mais dinâmica, condensando até três capítulos em apenas um. A trama terá 130 capítulos e sairá de cena em 25 de outubro, com menos de seis meses de exibição.
Mesmo antes de sua estreia, a novela já tem recebido mais demandas comerciais do que as suas antecessoras: de acordo com o planejamento feito pela Globo, os capítulos de Alma Gêmea vão ao ar com quatro intervalos na maioria dos dias. A emissora planeja abrir exceções apenas na primeira semana, em que o folhetim irá ao ar antes de Paraíso Tropical, e na maioria dos capítulos das quartas-feiras (8, 15 e 29 de maio; 19 e 26 de junho; 3, 17 e 31 de julho; 7, 14, 21 e 28 de agosto; 25 de setembro; 2 e 23 de outubro) — no 1º caso, ela não terá intervalos, no 2º, terá um a menos.
Além da primeira semana e dos capítulos de quarta-feira, a rede também já planeja alterações na sua programação em uma terça-feira (15 de outubro) e em seis quintas-feiras (13 de junho, 11 de julho, 5 e 12 de setembro, 10 e 17 de outubro). Nestes casos, além de ter menos um intervalo comercial, o folhetim será mais curto, com arte de apenas 45 minutos. A emissora também diz que os eventuais impactos da cobertura olímpica, entre 26 de julho e 11 de agosto, não fazem parte do planejamento original da trama.
Alma Gêmea nunca teve exibição tão curta
Exibida originalmente entre junho de 2005 e março de 2006, a trama de Walcyr Carrasco já foi reprisada em duas outras ocasiões, em 2009 (também em Vale a Pena Ver de Novo) e há apenas dois anos, na programação do canal Viva. Em nenhuma delas, no entanto, o folhetim foi tão curto: em sua exibição original e no Viva, Alma Gêmea contou com 227 capítulos. Em sua primeira passagem pelo bloco de reapresentações da Globo, entre agosto de 2009 e março de 2010, a trama foi condensada em 145 episódios. Agora, serão apenas 130.
Alma Gêmea conta a história do amor eterno de um homem e uma mulher tragicamente separados e que, cerca de 20 anos depois, voltam a se encontrar quando ela reencarna em um novo corpo. O folhetim tem tons de comédia italiana na abordagem dos conflitos familiares, e também tem foco no resgate de valores, as relações afetivas e o misticismo. A novela está dividida em duas fases, que se passam nos anos de 1920 e 1940.
O botânico Rafael e a bailarina Luna se encontram e se apaixonam. Eles se casam e tem um filho, mas viram alvo de inveja por Cristina, prima de Luna e governanta da casa, que acaba se sentindo inferiorizada por não ser rica e feliz como a prima. No dia em que Luna se apresenta pela primeira vez como bailarina principal no Teatro Municipal de São Paulo, uma tragédia acontece na vida do casal — sob o planejamento de Cristina.
Na saída do espetáculo, eles são surpreendidos por assaltantes que roubam as joias de Luna. Rafael reage ao assalto e um dos ladrões, que é conhecido de Cristina, atira nele. Luna protege Rafael, colocando seu corpo na frente do marido, acaba sendo atingida por um tiro e morre. Na segunda fase do folhetim, duas décadas se passaram desde a morte de Luna. Serena resolve abandonar a aldeia em busca do sonho descrito pelo pajé e chega a uma pequena cidade no interior de São Paulo, chamada Roseiral.
