Dan Stulbach afirmou que ainda é lembrado pelo papel de Marcos em Mulheres Apaixonadas (2003), novela da Globo em que interpretou um agressor doméstico. O ator relembrou a forte reação do público e comentou a importância social da trama, que impulsionou debates sobre violência contra a mulher no Brasil.
“No final da novela, tinha recorde de cartas de ódio para mim. Na época, eram cartas e não e-mails. Eram pilhas. O pessoal da Globo perguntou se não era melhor colocar alguém para me proteger. Eu andava na rua, as pessoas desviavam ou apontavam e xingavam”, contou. “Botaram um segurança na minha porta. Falei que não precisava, mas colocaram mesmo, no final da novela. Era muito forte tudo”, relembrou.
Na trama, o personagem de Dan Stulbach agredia fisicamente a mulher Raquel, vivida por Helena Ranaldi, utilizando até mesmo uma raquete de tênis. O arco teve grande repercussão social e foi citado como um dos elementos que fortaleceram o debate que resultaria na criação da Lei Maria da Penha, sancionada em 22 de setembro de 2006, três anos após a exibição da novela.
Dan Stulbach destacou valor social da novela. “Isso foi o mais importante. Além da minha felicidade de ter alcançado as pessoas e o sucesso, foi a importância que teve para o país, de a gente ter levantado um assunto e mudado uma lei”, disse. “Levantado uma situação que é tristemente importante até hoje, já que os números de violência doméstica continuam altos”, afirmou o ator.
Durante o É de Casa, Helena Ranaldi gravou um depoimento emocionado para Dan Stulbach. “Você continua muito presente na minha vida (…) Foi um grande prazer ter trabalhado com você, admiro muito seu trabalho. E fico aqui na torcida para, quem sabe, algum dia, a gente repetir essa parceria”, declarou a atriz.
