Seu Jorge é um dos nomes mais respeitados da música brasileira, mas também tem se firmado como presença constante no cinema. O artista vive Leandro em A Melhor Mãe do Mundo, novo filme da diretora Anna Muylaert, e classifica o papel como um dos mais desafiadores da carreira. Em entrevista para a CNN Brasil, ele refletiu sobre sua trajetória nas telas e o valor de se manter humilde ao atuar.
A estreia como ator aconteceu em 2002 com uma participação em Os Normais, e logo depois com o aclamado Cidade de Deus. “Ultimamente eu tenho refletido bastante sobre isso. A minha jornada como ator consiste em um aprendizado muito grande, que o cinema me deu a oportunidade de perceber, que é o quanto a gente precisa ser humilde”, disse.
Com passagens por dramas como Marighella (2019) e Medida Provisória (2020), além de longas internacionais como A Vida Marinha de Steve Zissou (2004), Seu Jorge acredita que o sucesso de um filme depende da entrega do elenco. “O ator, para mim, é sempre a essência do filme. Se ele for bom, se eu for bom, a Anna [Muylaert] é boa, então o filme vai ser bom. Se ele for ruim, todo mundo é ruim. Você precisa ser muito humilde e dar o seu melhor”, brincou.
O papel em A Melhor Mãe do Mundo traz um personagem complexo: Leandro é um homem violento e sedutor, que abala emocionalmente Gal, vivida por Shirley Cruz. Para o ator, o filme tem potencial de gerar reflexões importantes. “É a história de uma mulher que não vai normalizar a violência. Isso pode ser inspirador, a gente se encontra muito nas dores. E também podemos nos encontrar nas realizações”, afirmou.
Ao olhar para sua filmografia, Seu Jorge acredita que a diversidade de papéis poderá servir como um retrato da sua contribuição ao audiovisual. “Minha trajetória no cinema têm sido muito bonita porque, eu espero que em algum momento, eu possa olhar para trás e ver essa variedade de oportunidades vividas. Eu trabalhei no meio de tanta gente incrível, e eu sempre acho incrível as oportunidades que me dão para contar histórias. E histórias séries, profundas, e eu sempre acreditei em histórias brasileiras!”, afirmou.


