RUMORES

Globo nega saída de Caco Barcellos e mantém Profissão Repórter na programação em 2026

Emissora desmente demissão do jornalista; atração voltará ao Fantástico em 2026 devido à Copa do Mundo e eleições

O jornalista Caco Barcellos de camisa azul clara fala ao microfone na redação do Profissão Repórter, com o logo da Globo ao fundo
Caco Barcellos no Profissão Repórter; Globo negou saída do jornalista após boatos nas redes sociais (foto: Reprodução/Globo)

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A Globo negou nesta segunda-feira (20) que o jornalista Caco Barcellos esteja deixando a emissora. Uma publicação nas redes sociais afirmava que o comandante do Profissão Repórter havia pedido demissão. O rumor apontava problemas de saúde como a causa da saída do profissional, contratado da emissora desde 1982.

O boato que circulou na rede social X, o antigo Twitter, detalhava que Caco Barcellos teria passado por uma delicada cirurgia na coluna. O texto dizia que ele não estaria mais conseguindo se movimentar adequadamente e não retornaria à atração jornalística. Em nota enviada ao TV Pop, a Comunicação da Globo refutou as informações.

“Não procede. Caco está na Globo, à frente do Profissão Repórter. Inclusive, o episódio que vai ao ar na semana que vem não foi nem gravado ainda –será, naturalmente”, informou a assessoria da emissora.

A Globo também ressaltou que o Profissão Repórter passará por transformações importantes em 2026. A emissora explicou a mudança na programação do próximo ano. O programa retorna com uma temporada especial mais curta e também dará nome a dois quadros fixos dentro do Fantástico.

A reestruturação da atração de Caco Barcellos ocorre em função da grade de 2026. A programação da Globo abrigará a transmissão da Copa do Mundo, a cobertura das eleições presidenciais e os reality shows. Esses eventos ocuparão a faixa de horário após a novela das nove.

A história de Caco Barcellos

Natural de Porto Alegre, Cláudio Barcelos de Barcellos (Caco Barcellos) iniciou a carreira na imprensa do Sul. Formou-se em Jornalismo pela PUC-RS em 1975, após abandonar a faculdade de Matemática. Sua primeira experiência foi no jornal Folha da Manhã. Ele também participou da fundação do Coojornal, a primeira cooperativa de jornalistas da América do Sul.

Após a formatura, passou cinco anos viajando pelo mundo como freelancer. Em 1979, enquanto morava em Nova York, decidiu cobrir a luta contra a ditadura de Anastasio Somoza Debayle (1925-1980), na Nicarágua. A experiência resultou em sua prisão por rebeldes, que o confundiram com um espião. O episódio deu origem ao seu primeiro livro, A Revolução das Crianças.

De volta ao Brasil, trabalhou nas revistas IstoÉ e Veja. O convite para a Globo veio de Luiz Fernando Mercadante (1936-2012), mas Caco Barcellos preferiu retornar a Nova York. Pouco tempo depois, fascinado por documentários da TV americana, ligou para Mercadante. Ele ingressou na Globo em 1982, após um teste cobrindo uma passeata de metalúrgicos que terminou em confronto.

O jornalista firmou seu nome com grandes reportagens investigativas. Como destaque, uma matéria sobre a prisão de meninos na favela de Heliópolis. Ele e o cinegrafista Renato Rodrigues filmaram agressões de policiais da Rota. A matéria exibida no Jornal Nacional virou capa do relatório da Anistia Internacional.

Nos anos 1990, identificou ossadas de oito desaparecidos políticos no Cemitério de Perus, em reportagem premiada. Caco Barcellos também cobriu o massacre do Carandiru (1992), o atentado do Riocentro (1996) e a corrupção no Tribunal de São Paulo. Em 2006, estreou o Profissão Repórter, projeto que revela os bastidores da notícia.

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