Adriane Galisteu revelou que só conseguiu lidar com o luto pela morte de Ayrton Senna muitos anos após o acidente fatal. Em entrevista para a CNN Brasil, a apresentadora disse que, na época, estava mais preocupada em garantir a própria sobrevivência e cuidar da mãe. Os dois namoravam há mais de um ano quando o piloto morreu, em 1994.
“Eu não tive [luto]. Eu tive muito depois. Na época, eu não sentia nada disso. Eu ficava preocupada com a minha mãe. Eu tinha que correr atrás do meu. Eu tinha que trabalhar. Eu tinha que botar dinheiro. Eu estava com a minha própria preocupação de como eu ia botar dinheiro em casa”, afirmou a apresentadora durante a entrevista.
A apresentadora também relatou que contou com ajuda de um amigo do piloto para sobreviver naquele período. “Ainda bem que chegou o Braga [amigo de Senna]. Eu vivi de favor um ano e meio, ele pagava as minhas contas, as contas da minha mãe — essa era a minha grande preocupação”, contou. Adriane Galisteu afirmou que só sentiu a perda com o passar dos anos.
A apresentadora explicou que, no momento da morte de Ayrton Senna, não teve reações emocionais fortes, como o luto ou as sensações vividas por outras pessoas. “Caiu minha ficha tipo muitos anos depois, enquanto eu estava vivendo, eu não sentia isso. Eu não tinha essa sensação, que as pessoas tiveram — nem do luto, nem desse momento do velório, do que a imprensa estava fazendo. O que eu conto, dessa sensação, é de agora. É como eu vejo hoje, na época eu sentia zero”, declarou.


