O ator Victor Fasano iniciou uma batalha judicial contra a Globo devido aos pagamentos referentes à novela O Clone (2001). O artista alega que a exibição da trama no streaming e em canais fechados ocorre sem o repasse financeiro correto. Ele busca na Justiça o recebimento de valores que considera devidos pela exploração contínua de sua imagem na obra de sucesso.
Segundo informações da coluna Fábia Oliveira, do Metrópoles, o processo envolve também a empresa Paisagio Comércio Vídeo Foto, da qual Fasano é sócio. A ação começou em junho deste ano e questiona os critérios usados pela emissora para remunerar o elenco nas novas plataformas. Os autores da ação afirmam que a Globo lucra com a produção sem realizar a devida contrapartida financeira.
O ponto central da discussão gira em torno do contrato original, assinado em 2001. A defesa sustenta que o documento não previa a exibição no Globoplay, pois o serviço de streaming não existia na época. A emissora, por outro lado, usa termos genéricos como “internet” e “meios digitais” presentes no acordo antigo para tentar justificar a ausência de pagamentos adicionais específicos pela plataforma digital.
Outra reclamação envolve a reprise da trama no Canal Viva (2010-2025). A acusação aponta que a Globo classifica essa exibição como licenciamento em vez de reexibição tradicional. Essa interpretação contratual reduz o valor repassado aos artistas envolvidos. Victor Fasano defende que essa prática configura violação do acordo e pede a aplicação de multa compensatória pela diferença significativa nos valores que chegam aos seus bolsos.
Os advogados solicitam que a Justiça condene a emissora ao pagamento integral dos direitos de O Clone nas duas plataformas. O pedido inclui ainda indenização por danos morais e multas por cada quebra de contrato identificada. Além disso, exigem que o canal da família Marinho apresente todas as notas fiscais emitidas durante a novela e a cópia fiel do documento assinado entre as partes.


