EM 2018

Relatório aponta que avião de Alok saiu da pista por peso excessivo e falha de tripulação

Documento da Aeronáutica indica que a aeronave ultrapassava o limite de peso e teve decolagem abortada tardiamente após alertas ignorados

Homem jovem de barba e óculos escuros tira selfie sobre uma estrutura metálica elevada, com vista para uma praia ao fundo onde pessoas aproveitam a areia e o mar em um fim de tarde claro.
Avião de Alok tentou decolar com 175 kg acima do limite de peso (foto: Reprodução/Internet)

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O Cenipa (Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos) concluiu que excesso de peso, falhas no planejamento e decisão tardia da tripulação causaram o incidente com o avião que transportava o DJ Alok no dia 20 de maio de 2018, em Juiz de Fora. A aeronave saiu da pista durante a tentativa de decolagem, mas ninguém ficou ferido entre os nove ocupantes.

O relatório final foi divulgado pelo Comando da Aeronáutica no dia 25 de novembro de 2025, mais de sete anos após o caso. Segundo o documento, o jato Cessna 560XL, prefixo PR-AAA, de propriedade do artista, tentou decolar com 9.247kg, 175kg acima do limite de 9.072kg permitido pelo fabricante.

Durante a corrida de decolagem no Aeroporto da Serrinha, a luz de aviso NO TAKEOFF acendeu duas vezes, indicando que a aeronave não estava configurada corretamente para decolagem. Ainda assim, os pilotos seguiram com o procedimento até se aproximarem da velocidade de rotação (VR) e decidiram interromper a manobra já em alta velocidade.

Como resultado, a aeronave ultrapassou os limites da pista e parou em uma ribanceira. O voo tinha como destino o Aeródromo Val de Cans – Júlio Cezar Ribeiro, em Belém, logo após uma apresentação do DJ em Juiz de Fora. Estavam a bordo dois pilotos e sete passageiros, sendo que três deles embarcaram sem coordenação prévia com a tripulação.

A investigação apontou falhas no planejamento do voo, com ausência de atualização no sistema de gerenciamento da aeronave (FMS). Isso levou os pilotos a acreditarem que o peso total estava dentro do limite. A falta de coordenação e comunicação entre o operador da aeronave e os tripulantes também foi citada como fator contribuinte.

Outro ponto relevante identificado pelo Cenipa é que a mesma luz NO TAKEOFF já havia acendido no dia anterior ao incidente, sem gerar consequências. Isso, segundo o relatório, pode ter contribuído para que o alerta fosse subestimado na manhã do acidente.

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