Adriane Galisteu falou sobre os julgamentos que enfrentou após a morte de Ayrton Senna (1960-1994), com quem teve um relacionamento. Em entrevista ao podcast Pod Falar, apresentado por Tati Pilão, a apresentadora afirmou que se sentiu responsabilizada publicamente pela tragédia. “Fui tão metralhada, que me dava a sensação de que as pessoas me tratavam como se eu fosse culpada [pela morte dele]”, disse.
Ela destacou que sempre foi cobrada por contar sua versão sobre a relação com o piloto, mas que precisava estar pronta. “Essa história me pertence, ela não é a história dele, essa história é minha”, completou Adriane Galisteu, ao justificar o momento em que decidiu se pronunciar publicamente sobre a convivência com Senna, que morreu em um acidente.
Adriane Galisteu também afirmou que o ensaio para a revista Playboy representou uma virada em sua trajetória profissional. “Eles queriam fazer uma edição especial de 25 anos. Foi meu primeiro dinheiro, foi um recomeço de uma história andando com as próprias pernas”, contou. Ela ainda revelou que, até então, dependia da ajuda de amigos e da renda gerada pelo livro O Caminho das Borboletas.
“Até aquele momento, eu vivia de favor, do Braga [Antônio Carlos de Almeida Braga, amigo próximo de Senna] e do livro”, disse a apresentadora da Record. A publicação, lançada pouco tempo após a morte do piloto, narrava a história vivida por Adriane Galisteu ao lado do ídolo da Fórmula 1.
Durante a entrevista, a apresentadora também relembrou um episódio marcante de sua infância: a luta do irmão, Beto Galisteu, contra o HIV. Ele morreu aos 28 anos, em uma época em que ainda havia pouca informação sobre a doença. “Meu irmão era viciado. Naquela época, isso era muito diferente de hoje, porque as informações não chegavam. A informação que a gente tinha era o Cazuza doente”, declarou.
Adriane Galisteu disse que, após a morte do pai, a família passou por dificuldades. A pensão deixada por ele demorou a ser liberada, e foi o trabalho de modelo que sustentou a casa. “Meu pai deixou uma aposentadoria pequena, mas demoramos para conseguir. Então, o dinheiro que eu recebia como modelo era pra isso [sustentar a família]”, afirmou.


