Boninho falou abertamente sobre os motivos que o levaram a deixar a Globo após mais de 20 anos à frente de formatos de sucesso. O executivo celebrou a estreia da nova fase do The Voice Brasil, agora sob o comando da emissora de Silvio Santos (1930-2024), e destacou a liberdade criativa como fator central para a mudança de casa.
“Eu saí da Globo porque queria fazer outras coisas. Aqui no SBT está sendo muito bacana trabalhar de forma diferente, com uma liberdade que eu já não tinha e que eu queria voltar a sentir”, explicou o diretor, que esteve à frente de programas como No Limite e Big Brother Brasil entre 2000 e 2024. Segundo ele, o novo ambiente possibilita experimentações alinhadas ao perfil da emissora.
Boninho disse que o público do SBT tem um olhar diferente para a música e para a edição, o que exigiu ajustes no formato. “Acho que conseguimos trazer um The Voice com a cara do SBT e com excelência, sem fugir do DNA da emissora”, afirmou. A temporada estreia com Tiago Leifert de volta à apresentação e um novo time de técnicos, formado por Matheus & Kauan, Péricles, Duda Beat e Mumuzinho.
Com mais de 40 anos de carreira, Boninho comentou também sua contribuição para a consolidação dos realities no Brasil, desde a criação de No Limite até o desenvolvimento de quadros como o Anjo, o Big Fone e a Casa de Vidro no BBB. “O Big Brother está em mais de 20 países. Todo ano, os produtores se reúnem para apresentar novidades e trocar ideias”, relatou em conversa com o The Noite.
No programa, o diretor também relembrou momentos marcantes da carreira, como o trabalho com videoclipes antes da chegada da MTV ao Brasil, a criação da TV Colosso e os primeiros contatos com os bastidores da televisão ainda na infância. “Meu pai começou na Globo quando eu tinha cinco anos, e eu já frequentava a emissora. Vivo nesse ambiente há muito tempo”, relembrou ele ao citar Boni.


