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Elenco de Império fala da expectativa para estreia e comenta desafios da novela

Alexandre Nero interpretou o Comendador José Alfredo em Império (foto: Globo/Alex Carvalho)
Alexandre Nero interpretou o Comendador José Alfredo em Império (foto: Globo/Alex Carvalho)

A partir da próxima segunda-feira (12), a Globo estreia a reprise da novela Império. A história de Aguinaldo Silva com direção artística de Rogério Gomes, ganhadora do Emmy Internacional 2015 de Melhor Novela, volta ao ar em edição especial, mostrando a trajetória de José Alfredo (Chay Suede/Alexandre Nero), um homem obstinado pelo poder, que fará de sua vida o palco de um grande império. A emissora precisou recorrer a mais uma reprise no horário nobre devido ao agravamento da pandemia de covid-19, que causou a paralização das gravações da dramaturgia nos Estúdios Globo.

Alexandre Nero, que está na expectativa para acompanhar a novela agora como espectador, comenta o grande sucesso de seu personagem na primeira exibição da trama. “O Comendador era um homem grotesco, que maltratava um pouco as pessoas. Fica muito claro que a partir do momento em que ele encontra a filha que ele não sabia que existia, a Cristina, é ela quem começa a fazer o coração dele amolecer. Ele era um homem que só queria saber de dinheiro – era essa a relação dele com o mundo. Mas o encontro com a Cristina o torna mais afetuoso e afetivo. É vida real. Se ele fosse um home 100% agressivo, as pessoas não se identificariam com ele. É o famoso anti-herói. Não é o vilão, nem o bonzinho. É grotesco, mas humanizado. No caso do Comendador, acho que foi esse encantamento que as pessoas tiveram com ele”, analisa o ator.

Leandra Leal, intérprete de Cristina, diz que também está adorando a possibilidade de revisitar esse momento da sua carreira. “Foi uma novela que trouxe muitas relações para mim, de amizade e de carinho. O Papinha (Rogério Gomes, diretor artístico) estabelece um clima muito feliz de trabalho. Foi mágico! Estou super empolgada para ver a novela, acho que vai ser muito divertido”, afirma a atriz, que fala ainda dos aprendizados com a trama. “Saí de Império muito consciente do tamanho do desafio que é ter um papel importante em uma novela. Ao mesmo tempo, saí muito feliz com o meu trabalho e por ter vivido esse desafio, por ter ido até o fim com disciplina.”

Lilia Cabral, que em Império vive Maria Marta, esposa de José Alfredo, está em sua terceira novela das nove desde o início da pandemia (as outras foram Fina Estampa e A Força do Querer). A atriz ressalta as lembranças positivas que tem da época em que gravou a trama. “Foi um trabalho que só agregou coisas boas: boas interpretações e o envolvimento do elenco e do público com a história”. Lilia também comenta sobre sua percepção ao se rever em tantos trabalhos. “Tenho me acompanhado nas reprises. De Fina Estampa para cá, quanta coisa mudou ao longo desses anos… e como faz bem a gente perceber esse caminho para melhor! No caso de Império, as pessoas lembram mais da história, mas é impactante ver como muita coisa também mudou ao longo dos últimos seis anos, e às vezes nem nos damos conta. Vamos perceber quando estivermos assistindo.”

Diferente de Lilia, Andréia Horta, intérprete de Maria Clara, filha de Maria Marta e José Alfredo, vai se ver pela primeira vez em uma edição especial. “Fico curiosa para saber como o povo brasileiro vai receber a novela seis anos depois, porque o Brasil mudou muito”, reforça Andréia. Ela também conta qual foi o maior desafio nesse trabalho. “Eu nunca tinha feito uma personagem rica, então eu não sabia como me portar à mesa, como caminhar, como identificar as marcas. Foi um trabalho grande para me colocar nesse corpo e nessa atitude da elite. A sala de ensaio, no início da preparação para a novela, me marcou muito e demos muitas gargalhadas”, revela.

Marina Ruy Barbosa deu vida à Maria Isis, amante do Comendador. A atriz também fala sobre o desafio que Império representou em sua carreira. “Eu tinha acabado de fazer 19 anos, era o começo de uma nova fase, uma personagem mais madura, contracenando com um elenco muito experiente. Quando começamos um personagem, entramos numa luta de defendê-lo com unhas e dentes. Foi um momento de muita transformação profissional, e até de acreditar em mim como atriz. Sempre começamos o personagem com algumas inseguranças, muitas incertezas, mas muita vontade de fazer dar certo. Continuo com essas incertezas quando começo um trabalho, acho que isso não mudou, como também não muda a vontade de fazer dar certo. Foi um dos personagens mais importantes da minha carreira até o momento.”

Falando em desafios, Marjorie Estiano também teve um enorme: reassumir o papel da vilã Cora. “Esse retorno à novela foi muito marcante para mim. A Cora é uma personagem muito rica. É controversa, ambiciosa, mas ao mesmo tempo autêntica. Me explicaram que a Drica (Moraes) precisaria se ausentar e que não tinha como a trama andar sem a personagem. Então o Aguinaldo sugeriu que eu retornasse. Fiquei receosa com a transição, em como o público iria encarar. Depois que conversei com a Drica, fiquei mais tranquila e quando eu vi a importância dessa mudança tão significativa, encarei melhor. Meu fio condutor era fazer a Cora que eu já tinha feito. Com o tempo, as pessoas já estavam envolvidas muito mais com a trama e compreendendo que foi uma necessidade técnica. Aos poucos fui me sentindo mais à vontade e me diverti muito. Foi um aprendizado imenso. Um final feliz, ficamos todos muito satisfeitos.”

Já Paulo Betti, intérprete do jornalista Téo Pereira, revela que até hoje tem um pouco do personagem dentro de si. “Até guardei os óculos dele”, conta. “O Téo era uma delícia, fazia as maiores loucuras. Quando a novela estreou, já tinha um clima de que seria um sucesso. O Aguinaldo (Silva) tem esse caminho que vai direto ao público”, elogia o ator. Paulo também relembra que o autor escrevia nos capítulos que o personagem tinha uma pele linda. “Eu fazia tratamento de acupuntura facial para manter aquela pelo do Téo (risos).”

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