MARCÃO DO POVO

STJ acata recurso de Ludmilla e mantém condenação de apresentador por racismo

Cantora foi chamada de "pobre macaca" em 2017 por comunicador e agora tem condenação reconhecida pelo STJ

Ludmilla posa com vestido branco decotado diante de cortina cinza em ambiente interno
Ludmilla teve vitória contra Marcão do Povo em processo na Justiça (foto: Reprodução)

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O Superior Tribunal de Justiça restabeleceu, por unanimidade, a condenação de Marcão do Povo por injúria racial contra a cantora Ludmilla. A decisão da 5ª Turma foi publicada nesta terça-feira (13) e atende a um recurso apresentado pelos advogados da artista, após a sentença ter sido suspensa provisoriamente por decisão monocrática da ministra Daniela Teixeira.

O caso teve início em 2017, quando Marcão, então contratado da Record Brasília, se referiu a Ludmilla como “pobre macaca” durante o quadro A Hora da Venenosa, no Balanço Geral DF. O episódio gerou forte repercussão e levou a cantora a mover uma ação judicial no mesmo ano. Em 2023, o Tribunal de Justiça do Distrito Federal havia condenado o apresentador a um ano e quatro meses de prisão, além do pagamento de indenização de R$ 30 mil.

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Na ocasião, a decisão foi suspensa após recurso da defesa do comunicador, que alegou que a frase havia sido retirada de contexto e que o vídeo usado no processo seria manipulado. No entanto, os advogados de Ludmilla –Bruno Fernandes, Bernardo Braga e Rafael Vieites– sustentaram que a fala era incontroversa e devidamente registrada, argumento que foi acatado pelo STJ.

O acórdão do TJ do DF deixa claro que “a fala do réu não foi tirada de contexto e não é fruto de montagem, tendo sido efetivamente proferida por ele”, diz trecho da decisão restabelecida. Com o novo parecer, volta a valer a condenação criminal e a indenização por danos morais fixada anteriormente. A defesa de Marcão do Povo pode apresentar um novo recurso.

Nas redes sociais, Ludmilla celebrou a vitória na Justiça. “Em 2017, fui chamada de ‘pobre macaca’ por um apresentador ao vivo na TV aberta. Hoje, finalmente, foi reconhecido o racismo que tentei denunciar lá atrás. Essa vitória não apaga a dor, mas reforça que racismo é crime e tem consequência. Agradeço ao sistema judiciário brasileiro por apoiar essa luta. Justiça foi feita!”, escreveu a cantora.

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