A Globo bateu o martelo e marcou para 15 de julho a estreia de Chef de Alto Nível, novo reality gastronômico apresentado por Ana Maria Braga. De acordo com o colunista Flavio Ricco, a atração será exibida duas vezes por semana na rede, sempre nas terças e quintas-feiras, depois de Vale Tudo. No GNT, o programa vai ao ar nas quartas e sextas, às 21h45, com exibição um dia depois da TV aberta.
Versão do formato internacional Next Level Chef, criado por Gordon Ramsay, o reality brasileiro contará com uma estrutura inédita. Os 24 participantes serão divididos em cozinhas de diferentes níveis, sendo uma cozinha high-tech no topo, uma cozinha afetiva no meio, e uma estrutura mais simples, no térreo. O desempenho dos competidores será acompanhado por um trio de mentores formado por Alex Atala, Renata Vanzetto e Jefferson Rueda.
A produção também terá um spin-off intitulado Cozinha de Alto Nível, que será exibido apenas no GNT, canal por assinatura do Grupo Globo. O programa, que estreia em 18 de julho, mostrará os próprios mentores enfrentando desafios culinários e criativos em um formato mais leve e descontraído, com exibição às sextas-feiras, sempre às 22h30.
Reality de Ana Maria Braga encalha e gera prejuízo milionário
A ausência de Ana Maria Braga nas manhãs da Globo está custando caro aos cofres da emissora. Tirada temporariamente do comando do Mais Você para se dedicar exclusivamente ao processo de produção da primeira temporada de Chef de Alto Nível, a veterana levou consigo grande parte dos patrocinadores do matinal. A cúpula do canal acreditava que o rombo na revista eletrônica seria compensado pela procura comercial do reality show, mas se deparou com uma atípica rejeição do projeto — que não foi barato — no mercado publicitário.
O TV Pop apurou que as quatro cotas de patrocínio de Chef de Alto Nível, comercializadas em tabela por quase R$ 20 milhões/cada, deveriam ter sido vendidas até o dia 11 de abril. A emissora, porém, ainda não conseguiu chegar a um denominador comum com nenhuma marca, mesmo com o prazo de comercialização tendo sido fechado há quase dois meses. Extraoficialmente, a rede alega que três das quatro cotas já foram vendidas, restando apenas um slot disponível. A Globo, porém, não quis dar um posicionamento oficial sobre quais seriam as empresas patrocinadoras.
Fontes da reportagem nos bastidores do canal apontam que até há uma negociação avançada de três marcas, mas em um cenário muito distante do idealmente vislumbrado pelos executivos do conglomerado: as cotas em vias de comercialização foram oferecidas com descontos de 85%, algo que fará com que a atração dificilmente consiga se pagar. O receio do mercado publicitário em se associar ao projeto tem duas explicações: os resultados insatisfatórios de audiência da temporada mais recente do Big Brother Brasil e a interpretação de que a bolha culinária já estourou.
