Tom Cavalcante saiu em defesa de Leo Lins, condenado a mais de oito anos de prisão por declarações consideradas discriminatórias durante um show de stand-up. O apresentador da Record diz que a pena aplicada ao colega foi desproporcional. “Não sou jurista, mas a minha humilde opinião de cidadão é de que foi demasiada, foi exagerada, a pena que foi dada ao Leo Lins”, afirmou.
O comunicador comentou sobre a evolução do humor brasileiro ao longo dos anos e ressaltou a importância da liberdade de expressão. “A gente teve um passado de humor onde fomos aprendendo, fomos evoluindo. E é muito importante que a gente possa estar atento. Não cessando o direito de falar, não cessando o direito de se expressar”, disse Tom Cavalcante em conversa com o TV Fama, da RedeTV!.
Humorista criticou rigidez da Justiça no caso
Tom Cavalcante mencionou outros crimes que, segundo ele, não são tratados com a mesma rigidez. “Onde a gente vê motoristas embriagados atropelando inocentes, e por aí vai. Então vamos, de uma forma ou outra, melhorar o nível de espiritualização”, disse.
Leo Lins foi condenado pela 3ª Vara Criminal Federal de São Paulo por propagar discursos considerados discriminatórios contra diferentes grupos sociais. O vídeo do espetáculo, intitulado Perturbador, foi retirado do YouTube por decisão judicial e continha declarações ofensivas a negros, indígenas, obesos, idosos, homossexuais, evangélicos, entre outros.
Decisão ainda cabe recurso
A sentença contra Leo Lins inclui oito anos e três meses de prisão, além de pagamento de multa e indenização por danos morais coletivos. A defesa do humorista ainda pode recorrer da decisão. O caso gerou amplo debate nas redes sociais, dividindo opiniões sobre os limites da comédia e o papel da Justiça diante de discursos ofensivos.
