Izabella Camargo revelou que ainda sonha com a possibilidade de retornar à Globo, emissora da qual foi demitida em 2018 logo após voltar de uma licença médica por síndrome de burnout. A ex-apresentadora do canal carioca disse que deseja voltar ao canal para discutir abertamente a doença que a afastou do trabalho.
“Se me perguntarem qual é o meu sonho, meu sonho é um dia poder voltar à emissora, seja numa entrevista, seja em qualquer papel, e poder trazer essa atualização [da doença] para a sociedade”, declarou. “Todos nós aprendemos muito com o que aconteceu, e a própria sociedade evoluiu com o tema”, relatou ao canal de Leo Dias.
A jornalista afirmou que não tem ressentimentos com a empresa. “Não tenho problema nenhum com ninguém da Globo. Tomara que um dia eu possa estar novamente com essas pessoas e avançar no assunto para trabalhar a prevenção, a educação do tema”, disse.
Izabella Camargo relatou que o desligamento foi um momento pessoal delicado, mas buscou compreender a situação de forma mais ampla. “Naquele momento foi muito triste, desafiador, mas ressignifiquei a situação, entendi que não foi nada pessoal, era falta de conhecimento do assunto”, avaliou.
Rebateu Ana Maria Braga
Recentemente, Izabella Camargo rebateu publicamente uma fala de Ana Maria Braga sobre a síndrome de burnout feita no Mais Você. A veterana comentou sobre pessoas que vivem em situação de esforço físico diário. “Se tem burnout, não tem para onde correr, né? Tem que continuar capinando”, disse a apresentadora. Ela também afirmou que não entende a origem da condição. “Vou fazer uma defesa de tese de burnout. Eu também não sei por que as pessoas têm burnout”, disse.
Ana Maria Braga sinalizou que pode ser um “gene” que leve a doença. “Não sou especialista nisso, acho que é mais um estresse emocional, enfim, intelectual, emocional do que físico. Ou então é uma tendência de cada um também, né? Pode ser que tenha um gene qualquer… Eu não tenho ideia, hein, gente! Estou falando aqui das pessoas que conheço”, declarou.
Em resposta, Izabella Camargo explicou que burnout não é cansaço ou exaustão comum, e sim uma doença ocupacional reconhecida pela Organização Mundial da Saúde. “O diagnóstico é clínico, e quase sempre a gota d’água é o assédio em um ambiente tóxico. O resultado é um dano existencial profundo. O profissional fica disfuncional, incapaz de seguir adiante”, declarou.
