Uma equipe do Brasil Urgente, da Band, foi alvo de criminosos durante a cobertura de protestos em Paraisópolis, na zona sul de São Paulo, na noite de quinta-feira (10). O repórter Rafael Batalha e sua equipe foram atacados enquanto registravam barricadas de fogo nas ruas da comunidade. O carro da emissora foi cercado por bandidos, que deram socos e tentaram tombar o veículo ao vivo.
A confusão começou após a morte de um homem em confronto com a Polícia Militar, o que gerou forte reação dos moradores. Durante os protestos, vândalos aproveitaram o caos para destruir carros e roubar pertences de motoristas que circulavam pela região. A tensão afetou o trânsito e deixou civis e jornalistas vulneráveis à violência. Apesar da presença da PM, o cenário era de caos generalizado.
Leonardo Bertozzi anuncia retorno à ESPN após tratamento de saúde
SBT define detalhes do programa de João Silva e terá entrevista exclusiva com Neymar
Rafael Batalha relatou a situação enquanto rodava pelas ruas do bairro. “Deram bastante socos no nosso veículo, tentaram tombar o nosso carro, mas o PC [motorista] brilhantemente conseguiu se livrar. Aí a gente encontrou a equipe da Polícia Militar”, contou o jornalista durante a transmissão. O repórter informou que recebeu orientação dos policiais para sair imediatamente da área, medida tomada por segurança da equipe.
Polícia orientou equipe do Brasil Urgente para deixar o local
Ainda durante a cobertura ao vivo, Rafael Batalha reforçou que a intenção da emissora era apenas noticiar os acontecimentos. “Os policiais mesmo orientaram para a gente deixar aqui, como o Guedes [capitão da Polícia Militar que entrou ao vivo por telefone] também falou. A gente está tentando deixar a comunidade Paraisópolis, nossa intenção não era criticar as pessoas, apenas mostrar a situação, dar detalhes da notícia”, explicou o repórter. Ele estava acompanhado do cinegrafista Sérgio e do motorista da emissora.
No estúdio, o apresentador Felipe Garrafa, que substitui Joel Datena durante as férias no Brasil Urgente, detalhou o momento de tensão vivido pela equipe. “Enquanto eles estavam a caminho, o GPS colocando o endereço onde estavam as viaturas, de repente começou a pegar fogo em todo entorno de Paraisópolis e a nossa equipe ali no meio”, afirmou. O jornalista reforçou a ordem para que a equipe deixasse o local imediatamente.
A cobertura foi interrompida após novo alerta de segurança. “A situação deve ficar um pouco mais tensa. Estão ateando fogo, bloqueando as vias”, disse Rafael Batalha, visivelmente ofegante. Felipe Garrafa encerrou a entrada ao vivo com um pedido para que o repórter só retornasse com apoio policial. “Já já eu te chamo, quando você estiver com mais tranquilidade e com proteção, principalmente, da polícia militar”, concluiu.


