NO RIO DE JANEIRO

Zeca Pagodinho cede terreno para horta comunitária e deve produzir 40 toneladas de alimentos por ano

Projeto integra programa ambiental do Instituto Zeca Pagodinho e já plantou mais de 11 mil mudas de hortaliças e 50 árvores frutíferas

Zeca Pagodinho
Zeca Pagodinho cria horta comunitária em Xerém para combater a fome e gerar renda (foto: Reprodução/Internet)

Compartilhe:

A poucos metros de seu famoso sítio em Xerém, distrito de Duque de Caxias (RJ), Zeca Pagodinho colocou em prática um projeto que une agricultura, combate à fome e preservação ambiental. O cantor cedeu um terreno de 8 mil metros quadrados para a criação da Horta Urbana Xerém I, que integra o programa Guardiões da Mata, do Instituto Zeca Pagodinho (IZP).

A iniciativa, realizada em parceria com a Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ) e a Embrapa, também prevê ações de reflorestamento e a criação de um banco de sementes. Agricultores capacitados pelo próprio instituto cuidam do plantio e da manutenção, com apoio financeiro do Ministério do Desenvolvimento Agrário e de emenda parlamentar da deputada Benedita da Silva.

Quando atingir plena produção, a horta poderá render até 40 toneladas de alimentos por ano — cerca de 3 a 5 kg por metro quadrado, segundo estimativas da FAO. Até agora, já foram cultivadas mais de 11 mil mudas de hortaliças, como abóbora, acelga, alface, beterraba, brócolis, escarola, quiabo, rúcula e salsa, além de 50 árvores frutíferas, incluindo acerola, jabuticaba, carambola, laranja, manga e tangerina.

As primeiras colheitas estão sendo encaminhadas a cozinhas solidárias, creches e alunos do IZP. Parte da produção será vendida à Prefeitura de Duque de Caxias por meio do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) e outra parte distribuída gratuitamente para famílias cadastradas. Inicialmente, dez núcleos familiares serão beneficiados, com previsão de ampliar o atendimento para escolas públicas e moradores em vulnerabilidade.

Localizada ao pé da Reserva Biológica do Tinguá, a horta é cercada e também serve como fonte de sustento para os próprios agricultores, que recebem salário e parte da produção. Para Zeca Pagodinho, o projeto concretiza um sonho antigo. “Quando chegamos a Xerém, era tudo barro, poucas famílias, e muita gente passando necessidade. Aqui, todo mundo come. Pobre, rico, polícia, otário, malandro… todo mundo almoça”, disse o cantor ao jornal O Globo.

Compartilhe:

O TV Pop utiliza cookies para melhorar a sua experiência.