Discreta sobre a vida pessoal, Renata Vasconcellos falou sobre carreira, maternidade, envelhecimento e a transformação do telejornalismo brasileiro. Casada com o jornalista Miguel Athayde, diretor de jornalismo da Globo, a apresentadora reconhece o desafio de compartilhar a vida com alguém da mesma área.
“Às vezes, pergunto a ele: ‘Você está aqui?’. É um desafio por ser um trabalho que dura ‘24 horas’. Mas, como temos essa cumplicidade, e ele também tem esse olhar de escape, da arte, conseguimos adicionar leveza ao cotidiano. Isso nos salva, por mais que estejamos no moedor de carne da vida”, afirmou a âncora do Jornal Nacional em conversa com O Globo.
Apesar de acumular mais de um milhão de seguidores nas redes sociais, Renata Vasconcellos mantém o equilíbrio entre exposição e privacidade. “Tenho a cabeça a mil. Já são muitos estímulos para dar conta. Com todo o cuidado para não exagerar, tento botar um pouquinho do que sou ali. Meus interesses, minhas cores. É como um moodboard”, contou.
A jornalista enxerga as redes como parte de um cenário maior de mudanças na TV. “Saímos do estereótipo de apresentadora de telejornal. Adicionamos as nossas personalidades, mas sem abrir mão do objetivo maior que é a transmissão das notícias. Fomos nos mostrando mais à vontade. Não existe mais um tipo de cabelo, roupa ou postura”, afirmou.
Renata Vasconcellos também falou sobre a importância de práticas como meditação e silêncio, especialmente para atravessar a menopausa. “As mulheres estão abrindo espaços não somente de poder, mas também mais humanos e ricos. Inclui aceitar os grandes ciclos da vida, que são bonitos”, disse.
