Aguinaldo Silva está de volta ao horário nobre da Globo com a missão de prender o público do início ao fim. O autor promete uma trama carregada de surpresas em Três Graças, novela que estreia na segunda-feira (20) no lugar de Vale Tudo. “A novela não dorme. O espectador não pode dizer ‘hoje deu pro gasto’. Todo capítulo precisa deixar o público em choque”, avisou o escritor.
O novo folhetim terá 180 capítulos, com texto assinado por Aguinaldo Silva em parceria com Virgílio Silva e Zé Dassilva. O autor afirma que o segredo para manter a audiência está na dinâmica da história. Famoso por criar vilãs marcantes, como Nazaré Tedesco em Senhora do Destino (2004), o veterano aposta em Arminda, personagem de Grazi Massafera, para repetir o sucesso. “As minhas vilãs, embora sejam más, são muito engraçadas. Uso isso para evitar que a vilania pese muito na novela”, explicou para o Notícias da TV.
“Eu escrevi uma cena em que ela tem que pedir desculpas e pergunta: ‘Mas eu preciso me ajoelhar?’. Isso é muito ela. Eu rio sozinho quando escrevo”, contou Aguinaldo Silva. Para ele, a chave da construção de uma boa vilã é o exagero. “O vilão tem que ser desmedido. Quando o autor pensa: ‘Eu nunca faria isso’, está no caminho certo. Quanto mais ‘demais’, melhor é”, pontuou.
O autor também revelou seu processo criativo ao escrever os diálogos de Três Graças. “Gosto de ouvir o som das falas. As pessoas têm que falar na novela como falam na vida real. A novela é uma obra aberta. Se o público não gosta de algo, eu mudo. O telespectador é coautor. É ele quem escreve a versão final”, disse.
