Ximbinha afirmou que não conseguiu aproveitar o sucesso e as conquistas que viveu durante o auge da banda Calypso. Em entrevista ao podcast Amplifica, no YouTube, ele revelou que a fama repentina e a rotina intensa de trabalho o impediram de perceber a dimensão de tudo que estava vivendo até o fim do grupo, que liderou ao lado da cantora Joelma.
“Comprei avião, morava em um condomínio muito bom, tinha carro, lancha, barco, tinha tudo. Mas não acreditava que aquilo estava acontecendo comigo”, contou. Segundo o guitarrista, a maratona de compromissos foi tão exaustiva que ele só passou a desfrutar das conquistas após o encerramento da banda. “Fiquei 16 anos trabalhando todos os dias. Só tive noção de que era conhecido quando a banda terminou”, disse.
Ximbinha lembrou que aparecia em programas como o Fantástico e em todas as atrações de entretenimento da TV brasileira. Com o fim da banda Calypso, decidiu se afastar dos holofotes. “[Pensei:] ‘Agora vou aproveitar tudo o que construí e tentar viver um pouco’”, explicou. O artista também revelou que a sobrecarga de trabalho teve consequências graves para sua saúde física e emocional.
“Um dia um rapaz me perguntou: ‘Como é estar no fundo do poço? Porque você está no fundo do poço’. Eu hoje estou lá em cima, [mas] já estive no fundo do poço. Eu estava morrendo. Não tinha saúde, estava envelhecendo, estava brigando para estar no mercado e trabalhando todos os dias”, desabafou. Ele disse que não repetiria a mesma trajetória e que aprendeu com os erros.
Ximbinha afirmou que o custo emocional da fama foi ainda mais alto que o prejuízo financeiro. “Jamais faria isso [novamente]. Aprendi demais. Teve preço, e eu paguei alto. E o [custo] emocional foi maior que o material”, concluiu o artista, que atualmente se dedica a novos projetos musicais.


